Análise realizada com empresas do setor metalmecânico da Serra Gaúcha também confirma preocupação com falta de matéria-prima
Os mais recentes números do desempenho do segmento metalmecânico de Caxias do Sul e região apontaram melhora expressiva em um dos principais indicadores da indústria. Quase 60% das empresas perceberam aumento na demanda, resultado três vezes maior do que a análise anterior, realizado no mês de agosto. Os números são do Levantamento de Dados apresentado pelo SIMECS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região, realizado entre os dias 21 de setembro e 09 de outubro, com a participação de 218 empresas, dos 17 municípios representados pela entidade.
Com relação ao faturamento das companhias, também foi identificado melhora nos indicadores. O número de empresas que tiveram acréscimo de faturamento saltou para 51%, enquanto em agosto, esse número era de 14%. Empresas que registraram queda no faturamento, que antes era 55%, caiu para 13%. Já 1/3 das empresas consultadas informou que o faturamento seguiu estável no período analisado.
“Os resultados refletem que as empresas estão em ritmo de retomada gradual das atividades, mesmo em meio ao cenário desafiador. Devemos seguir atentos aos protocolos de saúde recomendados, para que possamos continuar nessa crescente. Dessa forma, conseguiremos conciliar a recuperação da economia da nossa região e o cuidado com a saúde de toda a população, sem correr riscos de regredirmos”, reforça o presidente do Simecs, Paulo Spanholi.
Em relação à novos postas de trabalho, 137 empresas (62,5%), 96 a mais do que na última consulta, informam ter realizado novas contratações. Além disso, 43% apontaram não ter realizado nenhuma demissão entre setembro e outubro.
Matéria-prima
Como ponto de atenção, o levantamento reforçou a preocupação do setor com a carência de matéria-prima. Das 218 empresas ouvidas, 120 destacaram que estão com “muita dificuldade” em obter insumos básicos em razão da variação/aumento frequente do preço e da dificuldade em receber os materiais (falta no mercado). Segundo as companhias, aço, cobre e plásticos são os itens com maior dificuldade para obtenção.
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