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Artigos 09/11/2022

Tabela de riscos ocupacionais: 7 dicas para aplicar na sua empresa

Uma empresa que pense e desenvolva ações em relação à saúde e segurança do trabalho é uma empresa em que qualquer trabalhador gostaria de estar.

Isso porque este tipo de cultura é a base para garantir um ambiente laboral mais seguro, garantindo qualidade de vida para os trabalhadores. Neste sentido, é necessário entender mais sobre os riscos ocupacionais envolvidos no dia a dia da organização, a fim de avaliar, controlar e monitorar essas questões. Em outras palavras: realizar ações preventivas e um bom gerenciamento de riscos ocupacionais.

A seguir, confira mais sobre a tabela de riscos ocupacionais, uma forma bastante conhecida de realizar essa gestão de saúde e segurança do trabalho, e algumas dicas de como aplicar esta cultura na sua empresa. Confira!

 

O que é o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais

Primeiramente, é preciso entender do que se trata o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO). Este é um processo que visa identificar, analisar e controlar, minimizar ou mesmo eliminar qualquer tipo de risco no ambiente de trabalho, e que possa prejudicar a saúde e segurança dos colaboradores da organização. O GRO é garantido por meio da norma reguladora NR 1, que existe para auxiliar as empresas a implementar ações de prevenção e gerenciamento de riscos.

As normas regulamentadoras podem ser definidas como o conjunto de medidas relacionadas à segurança e saúde ocupacional, e servem para ajudar empresas a identificar e diminuir riscos ocupacionais, assim como orientam os colaboradores e gestores a tomarem medidas para evitar ou diminuir esses problemas. Além da NR 1, que é hoje a principal delas, existem outras NRs muito importantes para a gestão de riscos ocupacionais no seu negócio. Veremos um pouco mais sobre essas normas a seguir.

 

Normas Regulamentadoras e NRs atualizadas

As Normas Regulamentadoras são um conjunto de disposições e procedimentos a serem realizados pelas organizações, e que visam a segurança e a saúde dos trabalhadores. Elas são guias importantes para as empresas na questão do gerenciamento de riscos ocupacionais.

Entre seus objetivos, estão instruir tanto empregadores quanto colaboradores a respeito de regras de prevenção a serem tomadas, a fim de reduzir ou mesmo eliminar as chances de acidentes e doenças ocupacionais. Na prática, essas normas estabelecem a regulamentação a respeito de saúde e segurança no trabalho, promovendo uma política de cuidado e prevenção dentro das empresas, em especial das indústrias.

Entre as Normas Regulamentadoras importantes para o dia a dia das indústrias, estão as: NR7, NR9, NR 15, NR 16 e NR 17. Importante destacar que, em fevereiro de 2020, em reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), algumas mudanças foram aplicadas nas NRs 1, 7, 9, 18 e 37.

E agora, em 2022, essas novas regulamentações enfim entraram em vigor. Portanto, é preciso que as empresas estejam por dentro dessas informações, a fim de entender quais são os impactos delas na rotina do negócio e nos cuidados em relação à saúde e segurança do trabalho.

 

Conheça os 5 tipos de riscos ocupacionais

Quando falamos em riscos, pode ser difícil entender o que isso significa, na prática. Basicamente, um risco é qualquer situação em que algum elemento ou circunstância relacionada a um processo ou ambiente no trabalho possa causar danos à saúde e integridade física do trabalhador.

Em geral, riscos em indústrias são provenientes de ruídos, vibrações, temperatura, problemas em máquinas e instrumentos de trabalho, postura inadequada, entre outros. Neste sentido, o papel do gerenciamento de riscos ocupacionais é estabelecer regras e medidas preventivas para reduzir a exposição das pessoas a qualquer tipo de risco.

A seguir, vamos conferir quais são os principais riscos ocupacionais que podemos encontrar dentro das empresas, em especial nas indústrias. Confira.

 

1. Riscos Físicos

Diferentemente dos biológicos e químicos, esses riscos dependem do contato direto do trabalhador. Podemos incluir ruídos, vibrações, calor e umidade, frio, pressão e radiação.

 

2. Riscos Químicos

O Risco Químico é um risco ambiental, ou seja, quando o trabalhador é exposto ao risco no ambiente de trabalho. Neste caso, o problema é a probabilidade da exposição do trabalhador a agentes químicos, que geralmente são danosos à saúde. Esses agentes químicos podem ser produtos tóxicos, anestésicos, asfixiantes e até cancerígenos.

 

3. Riscos Biológicos

O Risco Biológico é quando um trabalhador pode entrar em contato com agentes biológicos patogênicos. Isso é mais comum em ambientes de hospitais e laboratórios, mas também pode acontecer em canteiros de obras, por exemplo. Entre estes agentes, podemos citar bactérias, vírus e fungos.

 

4. Riscos Ergonômicos

Riscos Ergonômicos surgem quando um trabalhador realiza sua função em condições inadequadas, podendo evoluir para problemas de saúde como estresse, lesões por esforço, surdez e outros.

 

5. Riscos Mecânicos

Por fim, os Riscos Mecânicos. Podem ser decorrentes da falta de organização ou de manutenção em equipamentos, máquinas ou ferramentas, por uso inadequado destes materiais ou, ainda, instalações elétricas precárias.

 

O que é o Mapa de Riscos — e como usar esta ferramenta

Com tudo o que vimos até aqui, fica evidente a necessidade de empresas buscarem formas de prevenção em relação a acidentes e riscos no local de trabalho. Quanto maior for a habilidade da organização em prevenir essas situações, menor será o seu índice de doenças e acidentes ocupacionais.

Neste sentido, uma opção é utilizar um mapa de riscos. Trata-se de uma ferramenta que funciona como um mapa de cada setor da empresa, mostrando quais são os riscos encontrados nessas diferentes áreas ou setores, bem como o nível deste risco para os trabalhadores.

Ele é criado através de uma representação gráfica, onde a empresa listará quais são os riscos existentes e, a partir daí, criará soluções para evitar este tipo de situação, fortalecendo seu gerenciamento de riscos ocupacionais.

Em geral, o mapa de riscos é dividido por cores, e cada ambiente recebe um círculo, cujo tamanho depende do nível do risco. Assim:

Dessa forma, os círculos pequenos representam riscos baixos, enquanto o maior representa um risco elevado.

 

Entendendo a tabela de riscos ocupacionais

Quanto às cores, utilizamos a chamada tabela de riscos ocupacionais, que divide cada tipo de risco que citamos acima em uma cor, para facilitar a sua identificação no mapa de riscos. Confira como se divide a tabela de riscos ocupacionais:

●        1. Verde: para riscos físicos, como vibrações, ruídos, radiações, frio, calor, umidade e pressão;

●        2. Vermelho: para riscos químicos (poeira, gás, vapor e substâncias químicas em geral);

●        3. Marrom: para identificar um risco biológico, como vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas etc.;

●        4. Amarelo: risco ergonômico, incluindo esforço físico intenso e repetitivo, levantamento de peso, postura inadequada, jornada prolongada, estresse físico ou mental;

●        5. Azul: para riscos de acidentes, em geral envolvendo máquinas e equipamentos sem proteção, uso inadequado de ferramentas, problemas de iluminação e eletricidade, riscos de incêndio e explosões, entre outras situações.

 

7 dicas para aplicar a tabela de riscos ocupacionais na sua empresa

Agora que você entende o que é o mapa de riscos e para que ele funciona, e também sabe como é montada a tabela de riscos ocupacionais, é preciso aprender a aplicar essa tabela para a sua empresa.

Se existe a possibilidade de um trabalhador sofrer qualquer tipo de dano por conta de sua atividade profissional, existe o que chamamos de risco ocupacional, e é responsabilidade da empresa fazer o possível para diminuir ou mesmo erradicar estes riscos.

A seguir, elencamos 7 dicas que ajudarão a sua empresa a construir o mapa de riscos, e utilizar a tabela de riscos ocupacionais e suas cores para diminuir riscos de acidentes e doenças no dia a dia do trabalhador. Confira:

  1. Conhecer o processo de trabalho de cada funcionário e cada setor da empresa, reunindo as informações necessárias para criar soluções a fim de diminuir riscos. Aqui incluímos sexo e idade dos funcionários, além de principais instrumentos e materiais de trabalho utilizados, bem como as atividades exercidas em sua rotina, e se estas representam algum tipo de risco.
  2. Na sequência, é hora de fazer a identificação dos riscos presentes e do nível de periculosidade de cada um, bem como o potencial de dano no local ou setor em questão;
  3. O terceiro passo é identificar o número de pessoas expostas a algum risco; isso ajudará você a entender a quantidade de tempo e recursos que precisará alocar para resolver a situação;
  4. Uma dica é identificar medidas preventivas que já existem no mercado ou em outras empresas e quais os seus impactos para o gerenciamento de riscos ocupacional;
  5. Descubra as queixas mais comuns entre os colaboradores expostos a estes riscos, tenha uma lista de possíveis doenças profissionais já diagnosticadas, e descubra quais são as causas mais frequentes de ausência no trabalho. Isso pode dar a você uma boa ideia de como agir.
  6. Compartilhe o trabalho que foi feito, incluindo o mapa de riscos criados, com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da empresa. É muito importante que o mapa seja revisto e analisado pelo maior número de pessoas e, assim que estiver concluído, seja exposto para que os trabalhadores possam visualizá-lo facilmente.
  7. Se tiver dúvidas, entre em contato com a Assessoria de Saúde e Segurança Ocupacional disponível a associados do SIMECS.

 

Dificuldades para implementar o gerenciamento de riscos

Com tantas mudanças nas normas regulamentadoras (NRs) e necessidade da criação de um mapa de riscos, bem como de uma gestão de riscos eficiente, é possível que gestores, CEOs e empresários passem por dificuldades para implementar todas essas mudanças na rotina da empresa.

Contudo, o primeiro passo para o sucesso desta jornada já foi dado: buscar informações sobre o que é o gerenciamento de riscos, quais são as NRs atualizadas, como criar um mapa de riscos e seguir a tabela de riscos ocupacionais, etc. Tudo isso deve reduzir drasticamente a possibilidade de doenças e acidentes ocupacionais dentro da organização.

Sabemos que pode ser difícil seguir as orientações propostas, sem deixar isso de lado com o tempo. Porém, estamos falando sobre garantir a saúde e segurança dos colaboradores, e também de reduzir problemas na gestão de riscos ocupacionais. Portanto, essa é uma questão extremamente importante, e que deve ser levada a sério pela empresa, especialmente por seus gestores.

Se os trabalhadores perceberem que a organização se importa com a saúde e segurança das pessoas, as chances de que eles também levem as NRs e a tabela de riscos ocupacionais a sério é bastante grande.

 

Conclusão

Por fim, existe a questão da cultura organizacional. Toda mudança causa desconforto em certa medida, e pode demorar para ser implementada. Neste sentido, o papel da empresa é instruir os colaboradores a respeito do gerenciamento de riscos e do mapa de riscos criado. Isso pode ser feito através de treinamentos ou reuniões para compartilhar informações sobre saúde e segurança no trabalho.

Outra forma de conscientização é a partir da distribuição de cartazes e panfletos com as especificações de cada NR, bem como a tabela de riscos ocupacionais e o mapa de riscos criado pela empresa. Isso mostrará também aos trabalhadores que há alguém zelando por eles, o que certamente aumentará a segurança em relação ao seu bem-estar físico e mental.

Atualmente, o SIMECS disponibiliza a seus associados um serviço de assessoria completo e especializado para melhorar o gerenciamento de riscos ocupacionais e as condições de segurança e saúde dos trabalhadores, evitando a formação ou aumento dos passivos trabalhistas dentro das indústrias. Saiba mais sobre nossos projetos.

 

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